No último dia 4, Moraes decretou a prisão preventiva da parlamentar. Na mesma decisão, o ministro determinou uma série de medidas, entre elas, o bloqueio de salário e de verbas destinadas ao gabinete de Zambelli com o objetivo de garantir o pagamento de multa que foi imposta à deputada.

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“Informo, em conformidade com as manifestações anexas, o cumprimento das medidas fixadas”, afirma o ofício de Hugo que foi enviado ao ministro na terça-feira (10).

Em maio, Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por invadir o sistema do CNJ. A decisão determinou pena de prisão de dez anos, além da perda do mandato parlamentar e inelegibilidade. O STF também impôs multa de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

Na última sexta-feira (6), os ministros, por unanimidade, rejeitaram um recurso da deputada e mantiveram a pena de dez anos de prisão. Além disso, os ministros também declararam o trânsito em julgado da ação — etapa em que se encerram todas as possibilidades de apelação e a condenação se torna definitiva.

Zambelli fora do Brasil

Zambelli é considerada foragida desde quarta-feira (4), após a decisão de Moraes. Além da prisão, o ministro determinou o bloqueio de bens, redes sociais, contas bancárias e a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.

Inicialmente, a deputada informou que havia viajado aos Estados Unidos para realizar um tratamento médico.

No entanto, na terça-feira (3) ela anunciou que iria pedir licença do mandato de deputada para residir na Europa. Já na quinta-feira (5) Zambelli afirmou à CNN estar na Itália, país onde possui cidadania.

Nesta quinta-feira (12), o embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, entregou o pedido de extradição da deputada ao “Farnesina”, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália, equivalente ao Itamaraty brasileiro.

O pedido foi entregue pessoalmente, em mãos, pelo embaixador brasileiro, segundo apurou a CNN.

Com isso, o governo italiano começa a análise da solicitação brasileira para que a parlamentar seja extraditada para cumprir pena no Brasil após ser condenada.

As autoridades brasileiras e da Interpol sabem que a deputada está na Itália, onde deu entrada com aporte italiano. Ela está com nome na lista de foragidos internacionais, procurada em 196 países.

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Carla ZambelliHugo MottaSTF (Supremo Tribunal Federal)